A atividade desenvolveu-se em vários locais em Portugal, tendo sido visitadas algumas explorações florestais reconhecidas pela sua elevada qualidade no que respeita às Boas Práticas Florestais, nomeadamente:

O Vale do Rabaçal e Várzea (Ansião),  zona cársica onde é possível encontrar grandes manhas de carvalho cerquinho, que encontram aqui o seu último reduto; 

Conhecer a Medronhalva® Lda empresa que se dedica fundamentalmente à cultura do medronheiro, tendo em vista a sua valorização económica, social, ecológica e cultural.  Atualmente esta empresa gere 20 hectares de medronhal, sendo que cerca de 10 hectares são plantações ordenadas e outros tantos hectares são medronhais espontâneos, devidamente podados e conduzidos, tendo em vista a produção de fruto de qualidade e de outros produtos. Foi possível visitar o produtor José Martins em Pampilhosa da Serra, o qual apresenta uma área total de 25 ha dedicada à produção de medronho, as utilizações para as quais têm maior interesse será a produção para consumo em fresco, a aguardente e o uso em néctar;

A Mata Nacional do Escaroupim (Salvaterra de Magos) , onde o Centro Pinus divulgou o vasto conhecimento que existe no uso de plantas melhoradas e o seu  contributo para aumentar a produtividade a qualidade da madeira.

Esta sessão contou com os investigadores do INIAV responsáveis por este programa de investigação de longo prazo, os quais explicaram o programa nacional de melhoramento do pinheiro bravo e o pomar que produz as sementes de melhor qualidade presente nesta mata. Por seu tuno, o ICNF expôs as boas práticas de gestão do pinhal naquela Mata Nacional;

A Estação da Biodiversidade da Ribeira da Foz (Chamusca),  percurso circular de 2 km com 9 painéis de informação sobre a biodiversidade, com especial destaque para os insetos e plantas. Esta área é contígua a um povoamento de eucalipto gerido pela mesma empresa, a Altri Florestal, sendo esta faixa de galeria ripícola importantíssima para a compartimentação florestal;

Propriedade certificada e classificada como FAVC (Floresta de Alto Valor de Conservação),  parcela inserida no vale do Rio Vouga, junto à Ribeira da Gala (Arcozelo das Maias – Oliveira de Frades), esta parcela  tem sido monitorizada por biólogos contratados pela Unimadeiras, os quais identificaram um leque variado de flora autóctone e fauna endémica com estatuto de conservação (Chioglossa lusitanica – Salamandra lusitânica e Rana ibérica – Rã-ibérica), constituído um Bosque Mesofílico da classe Querco-Fagetea de carvalhais galaico-portugueses, onde ocorre o carvalho-roble (Quercus robur) em abundância – habitat 9230pt1 – Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica (9230) – Subtipo Carvalhais de Quercus robur, trabalho que foi apresentado na sessão em causa e debatida sua importância nas várias vertentes ambientais, sociais e económicas;

Estas expedições ao longo da floresta portuguesa terminaram com a visita a uma exploração de madeira nobre (Ribeira de Fráguas – Albergaria-a-Velha), as quais estão   pouco desenvolvidas no nosso país, ocorrendo em pequenos núcleos nas áreas agrícolas abandonadas. O grupo de certificação florestal da Unimadeiras (Unifloresta) conhece esta realidade e considera preocupante a falta de aposta nestas espécies. Debateram-se alguns aspetos de silvicultura das espécies primorosamente acompanhados pela Professora Drª  Maria do Loreto e empresa transformadora ICFM.

No final destas jornadas foi possível debater alguns aspetos das visitas realizadas, as quais foram documentadas em meios audiovisuais, nomeadamente entrevistas a vários proprietários dos países participantes.